O lado experimentalista, industrial e algo revivalista que foi ditando o caminho traçado por Dixon, acabou por identificar a própria marca com valores ligados à inovação e à indústria britânica do mobiliário.
O lado experimentalista, industrial e algo revivalista que foi ditando o caminho traçado por Dixon, acabou por identificar a própria marca com valores ligados à inovação e à indústria britânica do mobiliário.
De origem tunisina, filho de mãe francesa e pai inglês, o criativo começou por abandonar, ainda jovem, a Chelsea Art School graças à sua paixão pelas motas. Esse gosto “obrigava-o” a soldar grades, material de carris, barras de aço, tubagens, e utensílios de cozinha. Sem nunca desenhar as peças que criava, Tom Dixon foi traçando o seu percurso direccionando as suas criações por caminhos pouco convencionais.
E assim foram nascendo costas de cadeiras e pernas de mesa sem a preocupação do que comercialmente seria aceite. Não tardaram os convites de algumas galerias para Dixon expor o seu trabalho.
Foi neste contexto que nasceram projectos de produção industrial como a cadeira “S”.
Composta por fios trançados, borracha reciclada e câmaras-de-ar, a italiana Cappellini não resistiu à funcionalidade do conceito do produto. A “S” tornou-se um ícone do design, estando hoje em permanente exibição no Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque. Outros projectos famosos surgiram desta parceria como a Bird Rocking Chair e a Pylon Table.
Em 1998, Tom Dixon foi destacado como responsável do estúdio de design inglês da Habitat. Dixon liderou a empresa num dos seus melhores períodos.
O mérito foi compensado: em 1999, tornou-se o Director do International Design e, em 2001, Creative Director da marca. Actualmente, a marca Tom Dixon tem assinados mais de 45 produtos de iluminação e mobiliário, com representação em mais de 50 países.
Novas colecções são lançadas anualmente, a maioria nos grandes palcos nas grandes feiras internacionais do design e da decoração, em Milão, Nova Iorque ou Londres.
Tom Dixon: “Honestamente, nunca me lembro de ter tido a ambição de me tornar designer. Ainda hoje prefiro a ideia de ser um industrial”.