O universo da casa, da decoração e do design de interiores está em constante mutação. É quase sociológica a relação da forma como organizamos a disposição da nossa casa com o nosso estado de espírito, ou com o estado de espírito da sociedade em geral.
Que materiais escolher, que ambientes projetar, que sensações e atmosferas criar para nos sentirmos bem na nossa pele ou na nossa casa, em total harmonia com o que nos rodeia?
O paradigma atual empurra-nos para outras vivências.
Dizem muitos, economistas, sociólogos e analistas políticos, que estamos forçados a voltar ao passado. Que essa é quase uma fatalidade. Dizemos nós, designers de interiores da QuartoSala que esse movimento não tem necessariamente de ser negativo, pelo contrário torna-nos muito mais seletivos e conscientes das nossas escolhas.
Na decoração e no design de interiores esse caminho já vinha a ser traçado nos últimos meses e agora sublinha-se de forma muito mais vincada.
Assistimos a um regresso à simplicidade, a um conforto visual assente na utilização de materiais nobres sem grandes transformações. As madeiras com acabamentos naturais, os papéis de parede ou revestimentos fortemente texturados e com cores intensas e envolventes estão no top das preferências das maiores marcas e criadores internacionais.
Os tecidos são na sua maioria resultado de uma evolução tecnológica que simula e cruza materiais naturais como o algodão, com outras fibras. Em alguns casos o corte e os efeitos visuais que vemos nos tecidos só são possíveis graças ao avanço da tecnologia, do corte a laser por exemplo. Noutros casos, a tecnologia está lá mas de uma forma subtil. Muitas vezes mal se vê, está bem camuflada por uma preocupação em humanizar os ambientes e dar ao espaço um cariz quase artesanal.
Em resumo, as tendências atuais no design de interiores baseiam-se num movimento de regresso ao passado, ou num ‘back to the basics’ consciente e voluntário, que valoriza as matérias-primas naturais, o conforto, a simplicidade, e sobretudo a qualidade e a longevidade de uma criação, sem brilhos ou extravagâncias desmesuradas.
