Os Irmãos Campana, Fernando e Humberto, desenharam o sofá Cipria em pêlo em 2009, desafiando a indústria do mobiliário a materializar o conceito de conforto numa forma nova e inusitada de sentar. Nascia assim pela editora italiana Edra um sofá que foi exemplo do uso de tecido de pêlo ecológico em mobiliário contemporâneo. Este sofá tornou-se num digno representante de uma nova forma de pensar o consumo e o uso de materiais reciclados.
Mas esta tendência não se limitou apenas a sofás e poltronas. O uso de tecido de pêlo revelou-se em modelos de cadeiras, poufs e até em revestimentos de paredes que com ele se transformam quase de imediato em objetos de desejo.
Esta tendência, brilhantemente recuperada pelos Irmãos Campana, tinha a sua origem já em criações anteriores de outros designers. Veja-se a excentricidade da poltrona Due Più desenhada nos anos 70 pela arquiteta italiana Nanda Vigo originalmente em pele animal, e reeditada este ano na Feira de Milão pela marca Acerbis. Desta vez foi selecionado um revestimento felpudo concebido a partir de peles recuperadas tendo como base resíduos da indústria alimentar, num alinhamento perfeito com novos valores da economia circular.
Também a reconhecida criadora Paola Navone não resistiu a pensar no tecido de pêlo como revestimento de eleição para algumas das poltronas mais desejadas da marca italiana Baxter. Especialista na manufatura em pele, a Baxter eleva a fasquia revestindo as poltronas Nepal com um tecido felpudo. Tal como a marca escandinava Gubi que na sua coleção Stay, usou o revestimento em pêlo nos sofás e poltronas baixas para nos convidar a ficar em casa rodeados de conforto.
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