O patchwork na decoração é visível na última coleção da Moroso, trata-se de um conjunto de peças em patchwork, que reafirma esta técnica como forte tendência na atual decoração e design de interiores.
A tradicional ‘manta de retalhos’ que nos ajuda a definir o Patchwork, é a inspiração para um crescente número de criadores desenharem peças que são afinal o espelho da multi-culturalidade crescente das sociedades atuais. As cores e padrões diferenciados que se cruzam incessantemente formam um todo cuja riqueza resulta da soma das partes.
É neste contexto que a junção dos retalhos, que outrora servia como aproveitamento de restos de tecidos, é recuperada de uma forma sofisticada, servindo de base conceitual à edição de coleções de mobiliário e acessórios de decoração que além de tudo, prestam homenagem ao modo artesanal de fabrico dos tecidos e de feitura das peças.
É por essa razão que o Patchwork é uma espécie de manifestação de um género de ‘folklore moderno’ que em tudo se enquadra na atual tendência da decoração e design de interiores que valoriza a peça única, o saber fazer artesanal de outros tempos, e a reutilização dos materiais.
Do cruzamento desta inspiração artesanal com o processo industrial de fabrico, nascem peças que combinam materiais naturais com materiais tecnológicos. O resultado são criações harmonias e ‘carregadas’ de uma personalidade multi-cultural.
Foi esta diversidade que inspirou o jovem designer israelita Tal R, quando desenhou os 50 novos modelos da Egg chair em patchwork, em resposta ao convite da dinamarquesa Fritz Hansen que quis comemorar os 50 anos da Egg com uma coleção especial.
O modelo assinado por Arne Jacobsen em 1958, e que é um dos ícones do design do século XX, viu-se assim vestido com uma diversidade de cores e padrões, que são uma combinação de tecidos vindos de origens tão diferenciadas como Istambul, Berlim ou Nova Iorque. A noção de diversidade e riqueza de culturas evidenciada pelo patchwork, não podia estar mais vincada.
Cada versão da Egg chair “by Tal R” foi batizada com um nome ligado ao universo do psicanalista Freud, como uma homenagem acrescida à capacidade de reinvenção e renascimento de cada peça.
