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‘Open spaces’: Vantagens e desvantagens

12/11/2009
No mundo civilizado, o primeiro conceito de ‘open-space’ foi introduzido pela arquitecta francesa Charlotte Périand, o braço direito do conhecido mestre e arquitecto modernista Le Corbusier.

No mundo civilizado, o primeiro conceito de ‘open-space’ foi introduzido pela arquitecta francesa Charlotte Périand, o braço direito do conhecido mestre e arquitecto modernista Le Corbusier.

 

Como mulher, Charlotte Périand, (1903-1999), revolucionou as áreas sociais dos apartamentos, projectando as cozinhas abertas sobre as salas e evitando que as ‘donas de casa’ se sentissem excluídas das actividades familiares que aconteciam enquanto elas preparavam as refeições.

 

Foi este um primeiro “ensaio”, em termos de design de interiores, do que viria a ser um modelo de uma nova arquitectura do espaço, mais em voga nas últimas décadas.

 

No final dos anos 80, em especial nos centros das grandes cidades norte-americanas, intelectuais e artistas de diferentes quadrantes começaram a recuperar grandes armazéns abandonados, abdicando do conforto dos tradicionais e compartimentados apartamentos, a favor de um espaço muito mais informal, mas também mais amplo e liberto.

 

Esta foi a forma que encontraram para a baixo custo se manterem no centro das cidades, adaptando os pés direitos duplos e triplos a espaços com características de habitabilidade.

Hoje em dia, em pleno século XXI, quais os prós e contras de vivermos em ‘Open spaces’?

 

O ritmo de vida das sociedades modernas condiciona cada vez mais o tempo em família. Neste sentido, o ‘open space’ pode constituir uma oportunidade de estarmos mais próximo das pessoas com quem vivemos, dado que a inexistência de barreiras arquitectónicas pode promover os laços familiares.

 

Mas o bom senso impõe limites e obriga-nos a fazer escolhas conscientes. Um casal com filhos adolescentes, por exemplo, dificilmente viveria harmoniozamente num ‘open space’, dada a necessidade que os filhos sentem de, nesta fase da vida, se isolarem e fazerem do seu quarto o seu território.

 

Tendencialmente um ‘open space’ é um espaço ideal para pessoas que moram sózinhas ou para casais sem filhos e naturalmente com gostos comuns. Aliás esta é uma das regras dos ‘open spaces’: com esta arquitectura de espaço, os seus habitantes têm de partilhar ritmos de vida semelhantes, gostos, tendências, etc.

 

A privacidade é um valor a manter, mesmo num espaço com esta filosofia. Neste caso, existem diversas soluções para compartimentar um 'open space', desde separadores de ambientes, biombos, painéis deslizantes, entre outros. Desta forma estaremos a criar espaços dentro do espaço.