Como convivemos com os valores ecológicos e de preservação do planeta que já assimilámos, sem abdicar dos pequenos luxos e de um design de interiores cada vez mais exclusivo e personalizado?
Neste início do século XXI, a consciência pesada do consumidor moderno tenta redimir-se de comportamentos excessivos, apontando como caminho o encontro de soluções ecológicas cada vez mais integradas no seu estilo de vida.
Esta realidade aplicada ao design de equipamento está a ganhar espaço, e por isso assistimos crescentemente ao nascimento de novas marcas, por um lado, e de designers relativamente consagrados, por outro, que se unem na preservação das matérias-primas e na defesa do saber-fazer artesanal.
Ícon desta tendência é a última joía da coroa da marca italiana Emmemoboli, que com a assinatura do mestre Ferruccio Laviani editou na última Feira de Milão, o Aparador Evolution: um verdadeiro encontro da tradição com a modernidade, ou do avanço tecnológico com a valorização do trabalho manual.
Em Portugal, e em muitos países da Europa, sobretudo nos tecnologicamente menos avançados, existe um enorme potencial artesanal que deve ser explorado e que vai ao encontro dessa atitude ecológica e de preservação do conhecimento ganho ao longo de décadas de experiência.
Marcas como a Boca do Lobo, a Mytto, ou mais recentemente a colecção de mobiliário do estilista Miguel Vieira, revelam-nos toda a sofisticação que está por detrás da acertada utilização dos recursos artesanais de que dispomos, e ao mesmo tempo não dispensam uma concepção evoluída e uma imagem modernizada do mobiliário.
A exportação deste conceito artesanal "made in Portugal" tem na Portugal Brands uma importante protagonista, já que é sobre esta designação que estão reunidas as sinergias de cerca de 20 marcas nacionais que se têm mostrado nos maiores palcos internacionais do design de interiores como Milão, Londres, Nova Iorque ou Paris.