[singlepic id=2227 w=600 h= float=]
Para poder fornecer-lhe informação sempre atualizada em matéria de tendências de Design e Decoração de Interiores, a QuartoSala viajou até Nova York para visitar o Salão ICFF (International Contemporary Furniture Fair).
A edição de este ano teve lugar no centro de convenções Jakob Jarvits em Manhattan entre os dias 17 e 20 de Maio.
Durante quatro dias pudemos assistir a uma seleção cuidada de expositores que apresentaram tendências validadas por um mercado de designers e profissionais extremamente conhecedores que não se deixam impressionar pelo fogo de vista de algumas feiras suas congéneres europeias.
Nova York exibe uma sobriedade e elegância que surpreende os mais cépticos. Enquanto na Europa as feiras de tendências têm vindo a manifestar-se como grandes eventos, onde tudo e todos tentam chamar a atenção para criações nem sempre geniais, Nova York diferencia-se cada vez mais pela tranquilidade com que trilha o seu caminho de sobriedade e maturidade.
Assumindo-se como uma mostra de projeção global, a ICFF acolhe intervenientes de cerca de 40 países, que expõem para um mercado maduro e extremamente exigente.
E é curioso verificar como o salão organiza representações internacionais de grande dimensão como é o caso da Espanha, Itália, Inglaterra ou Dinamarca, agrupando as marcas por secções dedicadas a cada país individualmente.
Podemos assim ver um “Best Of” de cada país ao lado de marcas americanas que expõem em perfeito pé de igualdade.
Esta edição de 2008 foi um ano de afirmação de tendências que já vínhamos a sentir nas duas edições anteriores.
Os valores ecológicos estão na ordem do dia e induzem a um enorme respeito pelo saber-fazer artesanal. A produção industrial indiferenciada dá agora lugar a uma apreciação da peça única e do seu tratamento individualizado.
Como se um novo luxo passasse agora pela possibilidade de poder agregar elementos de fabrico artesanal a móveis que assumimos como de produção industrial.
Nas suas criações de elevadíssimo nível de qualidade e sentido artesanal, os californianos da BlankBlank espelham melhor que ninguém esta tendência.
O tratamento dos materiais naturais é por si só um luxo que não deixou ninguém indiferente.
Dentro da mesma linha de criações únicas e perfeitamente adaptadas à necessidades de cada projeto, devemos salientar a presença da designer inglesa Anne Qiro Quinn.
O seu trabalho com texturas de feltro é uma revolução em matéria de revestimentos e promete ser uma tendência à qual não poderemos resistir. Das texturas à escolha de uma paleta de cores vibrantes, nada neste trabalho parece poder deixar-nos indiferente. As suas criações podem ser reproduzidas à medida do cliente, disponibilizando-se a artista para trabalhar nos projetos de uma forma perfeitamente individualizada.
E porque estamos a falar de revestimentos, não podemos deixar de mencionar o impacto dos papéis de parede da Tracey Kendall. Na verdade são muito mais do que um mero papel de parede.
São de facto texturas que podem ser aplicadas na parede como também suspensas como painéis de grande interesse plástico.
De Itália temos realçar que a qualidade e o design apurado da marca Longhi, um fabricante de portas que se especializa agora em divisões interiores para ambientes domésticos. Algo que se traduz numa perfeita integração em espaços urbanos de grande apuro e coerência estética.
E não podemos deixar de mencionar algumas manobras divertidas como a cadeira de múltiplos assentos da dupla Cate & Nelson os móveis contorsionistas da marca Molo, que já tinham apresentado em Milão uma instalação de vulto e que voltaram aqui com os seus móveis divertidos e de aspecto lúdico, que podem ser adaptados a espaços reduzidos já que podem encolher ou crescer como um fole sem fim.
[gallery columns="4" link="file" ids="10483,10484,10485,10486,10487,10488,10489"]
