Nem mesmo na decoração da nossa casa, os livros devem ocupar muito espaço, devemos ordená-los em modelos de estantes que os mostrem e os deixem respirar.
Se olharmos de novo para a nossa biblioteca doméstica, percebemos que na maioria das vezes subestimamos o valor decorativo dos livros e das suas lombadas coloridas.
Esta diversidade é uma excelente oportunidade para tirar partido das formas e das cores que encontramos numa estante. Assim os volumes que reunimos em casa assumem-se também como uma criação plástica que vem influenciar o nosso conceito tradicional de estante.
A ideia é que as estantes passem a ser elas próprias verdadeiros objectos de design, ultrapassando a mera função para a qual foram criadas.
Quem apostou nesta filosofia, surpreende-nos com modelos de estantes completamente diferentes de tudo o que já vimos, quer da escolha das formas, quer na eleição dos materiais ou das cores.
A estante dos irmãos Ronan e Erwan Bouroulec para a Magis é disso um bom exemplo: Um casamento perfeito entre materiais, a madeira e o aço, num design ligeiramente retro.
Nos formatos, as estantes multiplicam-se na projecção de imagens orgânicas, completamente assimetrias e sinuosas. Nalguns casos funcionarão como breves apontamentos na decoração, mas noutros podem preencher uma parede de alto a baixo.
Sobre os materiais e as cores, a madeira clara, os lacados de cores neutras ou mais intensas, mas também o vidro e o metal fino são uma das tendências a assinalar.
As estantes não se querem apinhadas. Espaços vazios entre grupos de livros são uma respiração que funciona bem em termos decorativos.
Aliás, a grande regra a respeitar é mesmo a preocupação que devemos ter em deixar um espaço livre entre os livros para que a estante não fique com um ar pesado. Desta forma abrimos espaço para que os livros possam conviver com algumas peças especiais que mereçam destaque na nossa decoração.