Há muito deixaram de ser acessório e passaram a protagonistas assumidos do espaço. Para esta mudança terá contribuido a ousadia e o talento dos designers que refletem neles o melhor da sua criatividade.
Os espelhos passaram a ser peças de extrema importância também pela forte personalidade que revelam. Veja-se a coleção Elisabeth, assinada pela designer belga Jean-François d’Or. As suas formas femininas têm uma subtileza que resume uma história de contrastes da própria peça: a simplicidade de um material natural como a madeira em diálogo com um material high-tech como o vidro. A Coleção Elisabeth está no catálogo da marca belga Deknudt tal como uma outra proposta assinda pelo studio de design MaDe: A chassis e a Chassis XL. Esta coleção confere ao espelho uma profundidade que não estamos habituados a ver.
O espelho é colocado numa estrutura metálica e pode ficar fixo na parede ou ter uma existência mais autónoma e até ser utilizado como divisória de ambientes. A dinâmica destes modelos também é notória no último espelho que nos sugere o designer japonês Tokujin Yoshioka. O modelo chama-se Mirage e reflecte do espaço uma imagem a partir de diferentes perspectivas. O espelho é composto por várias réguas de 1,50 cms e cada um de nós pode mudar a direção dessa régua de espelhos.