O design tem vindo a alargar o seu leque de opções direcionado às crianças. As marcas e os designers não querem excluir os mais pequenos de vivenciarem novas experiências.
Quem está minimamente atento a estas questões do design de interiores, percebe que está instalada uma nova linha de mobiliário de criança, claramente a ganhar terreno no mercado, e que a oferta é mais vasta do que se poderia pensar. Trata-se de um novo nicho de luxo para os membros mais novos da família e está a ser pensado seriamente por adultos, que são afinal criadores cada vez mais conscientes de que a sociedade mudou e está a mudar.
O facto da paternidade chegar cada vez mais tarde, em especial, nas sociedades europeias faz com que a maioria dos pais de hoje tenha um poder aquisitivo maior que as gerações anteriores. Isso abre espaço no mercado para novos consumidores de peças de design, e aqui “novos”, como de resto se percebe, é no sentido literal da palavra.
Este é um dos aspetos. Por outro lado, e em reação ao ritmo acelerado em que vivemos, e que empurra as crianças cada vez mais cedo para o mundo adulto, existe uma vontade precoce dos mais novos imitarem os comportamentos dos mais velhos. Em resposta, os adultos introduzem os filhos no mundo dos crescidos, com uma enorme satisfação pessoal de lhes oferecer a possibilidade de, em tenra idade, usufruírem de peças cujo acesso lhe estaria vedado até à "maioridade".
Estas serão duas das razões lógicas que nos levam à constatação de que hoje, o Design de interiores não é um privilégio do mundo dos adultos. É uma realidade para as crianças e para os seus pais que sentem um enorme prazer ao verem entrar no quarto dos mais pequenos os clássicos assinados por Mies van der Rohe ou Philippe Starck, e agora revisitados em tamanho S.