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Thinqs
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Design com memória

29/10/2009
E se alguém recolhesse um pedaço de madeira com memória, devolvido pelo mar, pegasse numa tapeçaria velha, ou colecionasse pequenas peças avulso ?
 

E se alguém recolhesse um pedaço de madeira com memória, devolvido pelo mar, pegasse numa tapeçaria velha, ou colecionasse pequenas peças avulso ?

 

São 3 hipóteses que servem como exemplo para o nascimento de peças que contam estórias pela história que transportam em si, e que testemunham uma nova corrente criativa no design de interiores que tende a preservar a matéria, reaproveitando-a,  reutilizando-a, e revalorizando-a.

 

Os 3 Rs, revisitados, respondem à necessidade crescente de travarmos as ameaças globais ao planeta e de garantirmos a sua preservação.

 

Neste âmbito levanta-se uma consciência ecológica sem precedentes que floresce nas sociedades actuais, reclamando a cada um de nós uma nova atuação.

 

Daí cresce a visibilidade de marcas como a francesa Bleu Nature que começou o seu trabalho há cerca de uma década com a recolha de velhos pedaços de madeira que davam à costa nas praias do norte de França, e com eles faz nascer novos objetos, conferindo à natureza o poder de ser ela própria a moldar o design de cada um.

 

Tal como faz o atelier de design de Christian Nesler que aproveita os cascos de madeira de barcos velhos, para recortar a laser pequenos quadrados e desta forma quase artesanal cria mesas verdadeiramente únicas.

 

Outro exemplo desta corrente criativa são as peças assinadas por Frédérique Morrel que se faz à estrada à procura de velhas tapeçarias feitas à mão para revestir moldes de peças antigas, e com isso dá à matéria-prima uma segunda ou terceira vida.