Inspirada na célebre frase de um anúncio publicitário de outros tempos, apetece-nos dizer que: “Uma mesa de pernas tortas e um candeeiro de pé torcido não é natural"
Mas afinal o que é natural no design? Não serão também as formas subversivas que nos fazem questionar a pertinência da tradicional equação do design?
E nestes casos, o objecto não acaba por cumprir a sua função? O que muda é a forma. E as formas são tão inusitadas que nos desafiam a ultrapassar as barreiras do politicamente correcto, ou do usualmente aceite.
Num mundo formatado como o nosso, quebrar o ritmo de leitura, não obedecendo aos padrões tradicionais é o desafio que se coloca. São as formas "anormais" destas peças que atraem a atenção sobre si mesmas. São elas o ponto chave da criação, tal como podem constituir os focos de atenção no seu projecto de decoração de interiores.
Muitos destes objectos de design, de formas imprevistas são peças com edição limitada, vocacionados a um público de mente aberta, com um perfil muito específico, que gosta de inovar e investir no design da mesma forma que investe numa pintura de autor ou em qualquer outra obra de arte.
Pouco preocupados com essas questões mais terrenas, próprias de uma indústria que quer acima de tudo vender, os designers que conseguem editar estas criações algo subversivas, podem dar-se por satisfeitos somente por terem encontrado uma forma de ver materializado as suas obras mais vanguardistas. É o escape da criação.
É também por este motivo, que grande maioria deste design de formas imprevistas tem associada uma forte vertente lúdica. Já se viu em cima de um banco em forma de dente, ou sentado numa cadeira pouco convencional ?
Na actual conjuntura de crise económica e financeira, onde todas as notícias nos traçam os cenários mais negros, relaxe, aceite o desafio e alargue os horizontes do design de interiores.
Bem-vindo ao universo das formas imprevistas...
